Autodescrição Bianca Kalutor
Eu sou uma mulher trans, minhas sobrancelhas são finas, meus olhos são pretos, tenho 1 e 83 de altura, tenho uma estatura física forte e magra. Costumo pintar muito meu rosto, tô sempre de batom, maquiagem. Meus cabelos são cacheados, crespos, com cachos bem definidinhos, crespos. Meus cabelos agora estão presos em um rabo de cavalo, eles soltos ficam na altura do ombro.
Estou usando uma roupa que ganhei de um amigo, o Juan, que é feito uma bata, uma blusa longuinha, confortabilíssima, cheia de strass na parte da frente, que são pedrinhas brilhantes. Uma bata regata, cor rosa claro. E um short preto, tipo de academia, curto e altamente justo. Estou usando belíssimos anéis de prata, emprestado de um amigo meu, Audjay [aiu], que ele me emprestou para ir ao CCSPArte. Eu fui com essa blusa e uma saia marrom de camurça. Estou usando brincos infantis, pequenos, é só uma bolinha douradinha. E tenho tatuagem na perna. Na coxa direita, de um desenho meu: um vestido, um sapato alto e um laço. Na coxa esquerda eu tenho uma grande cicatriz.
Minhas unhas são grandes e estão pintadas de laranja metalizado. Tô fascinada em pintar minha boca com esse batom, rosa, que não sai nunca, que parece que eu tô maquiada sempre. Eu sou uma mulher negra. Eu me considero neguinha salafrária.
Em personalidade, eu sou do tipo que aprendo rápido. Eu me considero muito inteligente e aprendo rápido. Tô num momento de adestramento curricular. Me sinto educadora, professora, coordenadora. Me sinto nessas cadeiras de controle. Se eu não tiver colocada, fico em depressão. Sou altamente hiperativa. Se eu estiver sozinha eu não consigo dormir, preciso de remédio pra dormir. Meu processo de criação é muito intenso. Eu entro em depressão. Muito rápido.
Na minha personalidade eu sinto que eu tenho várias outras me habitando. Como se fossem entidades, mas eu não acredito em entidades, são como poderes. Eu não sei explicar. Eu acredito que tenho muitas de mim que já habitavam muitos lugares antes de mim, lugares obscuros. Eu não sou do tipo que tenho diploma universitário. Eu fiz muita coisa na minha vida. Muitas coisas pela metade. Existe esse drama na minha vida que é a falta de um lugar para habitar, um lar. Essa questão de não ter um lar, me levou pra lugares obscuros.
Porque travesti, quando é expulsa de casa, não é só expulsa de casa, é expulsa do bairro, é expulsa da cidade. E depois de expulsa da cidade, você tem um limite de trânsito social. 🏳️⚧️
Invited by: Bianca Kalutor
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Day | Followers | Gain | % Gain |
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August 17, 2023 | 270 | +8 | +3.1% |
October 26, 2022 | 262 | +3 | +1.2% |
August 23, 2022 | 259 | +2 | +0.8% |
July 17, 2022 | 257 | +5 | +2.0% |
June 10, 2022 | 252 | +2 | +0.8% |
May 04, 2022 | 250 | -2 | -0.8% |
March 26, 2022 | 252 | +1 | +0.4% |
January 28, 2022 | 251 | +1 | +0.4% |
November 13, 2021 | 250 | +6 | +2.5% |
October 06, 2021 | 244 | +9 | +3.9% |